quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Baú

Guardo tudo aqui, em par.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

É tudo como "quase".
Leve como deve ser.

domingo, 20 de junho de 2010

" Hoje eu quero apenas...
Uma pausa de mil compassos."

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Como um barco, vai. Ou dois, talvez.
Nem sabe mais. Mas ainda sem saber, segue.
Num susto, derrama. E só depois sossega.

terça-feira, 20 de abril de 2010

" Te respiro e guardo, não expiro. "

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Descobriu que não queria mais tentar, amiúde.
Pensou em como isso era bom. Aquietou-se.
Olhou o relógio e disse:
- Pede mais um copo, acende outro cigarro...fica aqui.
Porque onde não há juízo, não há perturbação.
E nem coisa nenhuma.

domingo, 11 de abril de 2010

"...e vai
mais um quase toque
na pele que arde
de tanto fingir..."

segunda-feira, 5 de abril de 2010

No começo é assim: Desmedido.
Todas as vontades misturadas, todas elas.
Faltam mãos para preencher.
Falta o ar.
E é assim mesmo que tem de ser.
No começo tudo é: Palpitação.

[2]

No começo é assim: Descabido.
Espero ao meio dia, às duas e às quatro também.
Na chegada e na partida.
No melhor da lembrança, no pranto que não tem mais.
Espero no que ainda é bom.
Assim, espero.

domingo, 28 de março de 2010

Entre os meus cabelos, de leve na minha pele.
Entre minhas pernas, de leve nos meus braços.
Debaixo da minha saia, sobre minha cama.
Vai ou fica?
Fica, simplesmente.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Só mais uma vez, precisou andar aqueles passos, atravessar aquela rua.
Na pressa, correu.
Só mais uma vez, precisou bater naquela porta, sentir aquele gosto.
No abraço, morreu.
E só mais uma vez, por pequena distração, foi feliz alí.

terça-feira, 9 de março de 2010

"Aluga-se-vende"

Pelo gosto inevitável de lembrar. Pelas coisas as quais se apegar.
Pelo óbvio das vontades, pela ânsia sem remédio, por todas as urgências e saudades.
Por tais coisas, abro a porta, deixo entrar.
Já era hora de deixar passar.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Chegou.
Pousou de levinho. Desacreditado, desarmado.
Quase não tinha cor, nem som, nem cheiro. Quase não era bem vindo alí.
Disse que era o verbo mais bonito. Pediu pra ficar: ficou.
(mas só até o próximo sopro.)

É tudo meu.

A mesa posta, a ferida aberta - em carne viva.
O verbo solto, o desassossego, a palavra mal dita.
A sequidão, o desperdício, o palavrão.